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Delmiro Barros Boi de Carro e Alforria Ao Boi de Carro

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ROLAGEM
Tom: A Intro: B E B E B E B E E A Fui buscar um boi de carro D A Que estava na prisão B Pra levar pra matadouro E A E A pedido do patrão A Quando eu joguei o laço Gbm O animal pra mim olhou B7 O que ele me falou E A E Foi de cortar o coração A Me disse assim portador D A Destino triste é o meu B Eu não sei por qual motivo E A E O meu patrão me vendeu A Ajudei a tanta gente Gbm Fui escravo do roçado B7 Depois de velho e cansado E A E Ninguém me agradeceu A Ao lado do boi vapor D A O meu primeiro parceiro B Só puxava o carro cheiro E A E Obedecendo ao carreiro A Na passagem do riacho Gbm Me ajoelhava no barro B7 Ou desatolava o carro E A E Ou quebrava o tanoeiro A Quem trabalhava comigo D A Batia por desaforo B Cortava meu corpo inteiro E A E Com um chicote de couro A Ao invés de me libertar Gbm Para morrer no cercado B7 Meu sangue vai ser jorrado E A E Nas táboas do matadouro E A Um boi de carro chorava D A No curral do matadouro B Seu olhar denunciava a E A E Tristeza do seu choro A Eu sai a passos lentos Gbm Consegui cortar o laço, antes B7 E A E Que a faca de aço cortasse seu "cabelo" A Fui logo abrindo a porteira D A Para o boi fazer partida B Esperei ele correr E A E A procura da bebida A Ao invés dele correr Gbm Me cheira e me lambia B7 Como quem me agradecia E A E Por ter lhe salvado a vida A Estou fazendo um apelo D A Para os donos de currais B Que não deixe seus carreiros E A E Maltratar seus animais A Solte o boi velho pro pasto Gbm Tire a canga do pescoço B7 Peso só da certo em moço E A E E boi velho não pode mais A Eu mesmo já fui carreiro D A Nas estradas do sertão B Mas pendurei meu chicote E A E E minha vara de ferrão A E pergunto a todo mundo Gbm Porque a justiça é lenta B7 Todo velho se aposenta E A E E por que boi de carro não

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